A transição digital no contexto do turismo em Portugal refere-se à adoção de tecnologias digitais e inovação para transformar a forma como o setor turístico opera, promove destinos (dos habituais até aos menos óbvios) e interage com os visitantes (dos regulares até aos mais exóticos que nos têm vindo a descobrir nos últimos anos). Este processo é essencial para responder às novas tendências de mercado, melhorar a eficiência operacional e criar experiências mais atrativas e sustentáveis para os turistas.

Vemos como principais dimensões da transição digital no turismo as seguintes:

# Promoção digital:

• Uso de plataformas digitais, redes sociais e marketing de conteúdo para divulgar destinos e atrair visitantes.

• Ferramentas de análise de dados para segmentar mercados e personalizar campanhas de marketing.

# Experiência do turista:

• Desenvolvimento de aplicações móveis e plataformas online para facilitar o acesso a informações turísticas em tempo real.

• Realidade aumentada e virtual para enriquecer a experiência cultural e histórica dos visitantes (ex.: visitas virtuais a museus ou reconstruções históricas interativas).

• Check-ins digitais em hotéis, restaurantes e atrações.

# Gestão e operação:

• Digitalização de processos internos, como reservas, gestão de inventário e comunicação com fornecedores.

• Integração de sistemas de pagamento digitais.

• Utilização de inteligência artificial para prever tendências e otimizar recursos.

# Sustentabilidade e monitorização:

• Ferramentas de monitorização ambiental para gerir o impacto do turismo em áreas sensíveis.

• Sistemas de gestão de fluxos de visitantes para evitar a sobrecarga em locais turísticos populares.

# Capacitação e inclusão digital:

• Formação (ou até mesmo a mera consciencialização)  de profissionais do setor para o uso de ferramentas digitais.

• Criação de soluções acessíveis para empresas de turismo de menor dimensão (ex.: artesãos e negócios locais).

Portugal tem se destacado como líder em inovação no turismo, com iniciativas como:
 

1. o Programa Turismo 4.0: Incentiva a modernização digital de empresas do setor; 

2. o Smart Destinations: Projeto para transformar cidades em destinos turísticos inteligentes e sustentáveis;

3. e Plataformas como VisitPortugal (e homólogas regionais) que centralizam informações sobre o país.

No entanto somos da opinião que os resultados destas iniciativas não têm atingido metas ambiciosas e que as respectivas implementações têm sido insuficientes, deixando margem para uma execução com maior impacto bem como para outras iniciativas. A transição digital não só melhora a competitividade do turismo português no cenário global, como também promove a preservação do património e a valorização da identidade local, alinhando-se com os objetivos de desenvolvimento sustentável, mas na nossa opinião, a transição digital em Portugal está ainda por cumprir, particularmente no sector do turismo.

O nosso modelo de atuação está alinhado com as prioridades estratégicas de diversos programas de financiamento nacional e europeu, como o PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), o Portugal 2030 e fundos estruturais para o desenvolvimento regional. Ao integrar elementos de DEI, impacto social e sustentabilidade ambiental, os projetos não só respondem às exigências técnicas de candidaturas, mas também maximizam o seu potencial de impacto positivo e elegibilidade.

Com o apoio de uma agência de transição digital, as autarquias e entidades locais têm uma oportunidade única de alavancar o turismo como motor de desenvolvimento sustentável e inclusivo, fortalecendo a candidatura a financiamentos públicos e assegurando benefícios duradouros para as comunidades locais.

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